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Casas de apostas britânicas limitarão publicidade em eventos esportivos

07/12/2018

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Única exceção feita foi às corridas de cavalos, uma vez que apostas são consideradas vitais para a modalidade

As casas de apostas do Reino Unido entraram em acordo para não exibir mais publicidade durante eventos esportivos ao vivo, conforme divulgou a Remote Gambling Asociation (RGA), que reúne algumas das empresas locais mais importantes, como Bet365, Ladbrokes e Paddy Power.

O objetivo da decisão, que ainda deverá ser confirmada pelo órgão que regulamenta o setor do jogo de azar, é reduzir o impacto e a penetração desta modalidade na sociedade. A proposta é similar a que foi feita recentemente pelo Partido Trabalhista.

A ideia é que a restrição da publicidade entre em vigor no fim do mês ou até o início de janeiro, sendo válida para todos os eventos que comecem antes de 21h locais. A medida foi tomada para que a prática não incentive as pessoas a gastarem mais dinheiro com apostas, já que o jogo é liberado na Inglaterra e é uma das principais fontes de receita do mercado esportivo.

Jeremy Wright, Secretário de Estado das áreas Digital, Cultura, Mídia e Desporto, parabenizou a mudança. Ele disse à rede britânica BBC que é “vital” proteger as crianças e as pessoas vulneráveis da “ameaça de danos relacionados ao jogo”.

De acordo com um relatório da Gambling Commission (Comissão de Jogos de Azar), há cerca de 430 mil britânicos que podem ser descritos como “jogadores problemáticos” no país, enquanto a Remote Gambling Commission (Associação de Jogos de Azar Remotos) já havia divulgado que é “muito consciente” em relação à preocupação pública sobre o assunto.

As corridas de cavalo, no entanto, ficaram fora da medida, pois, se considerou que as apostas são vitais para a viabilidade do esporte, conforme veiculou nesta quinta-feira (6) a emissora britânica BBC.

Durante a transmissão da Copa do Mundo deste ano, na Rússia, as televisões britânicas emitiram mais de 90 minutos de anúncios relacionados a apostas, aponta levantamento.

O impacto da proibição será sentido principalmente no futebol, dado o valor financeiro do esporte tanto para as empresas de apostas como para as emissoras. Quase 60% dos clubes das duas principais divisões da Inglaterra têm empresas de jogos em suas camisas. (Da EFE, em Londres e Agências)