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“Jogo do bicho pode elevar arrecadação em R$ 30 bi por ano”

22/08/2017

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Em sua busca por dinheiro que minguou na arrecadação federal, a equipe econômica poderia mirar um novo endereço, batalhar por R$ 30 bilhões de receita nova e, quem sabe, dar uma folga para os trabalhadores com profissões regulamentadas que não escapam da Receita Federal – atualmente um Leão bombado.

O governo deixa de arrecadar mais de R$ 30 bilhões em impostos por ano com a diversificação do jogo do bicho nas ruas do Rio de Janeiro. A estimativa é do coordenador acadêmico do curso da Fundação Getulio Vargas em Gestão, Marketing e Direito no esporte, Pedro Trengrouse.

Ele explica que a falta de regulamentação do jogo no Brasil desencadeia uma leva de sites ilegais e apostas realizadas no jogo do bicho, deixando um lastro de prejuízo para a União e para os apostadores, que nem sempre têm garantia de que receberão o prêmio.

Trengrouse afirma que o Brasil está longe do seu potencial de arrecadação e lista quanto outros países recolhem apenas com lotéricas. Na Itália, o governo chega obter receita de US$ 34 bilhões por ano com ‘venda’ per capita ao ano de US$ 565, a França arrecada US$ 16 bilhões com venda per capita de US$ 249, EUA – somente em Nova York – recolhem US$ 9 bilhões, US$ 456 per capita.

Nesse quesito, o Brasil é a lanterna da lanterna.

"O Brasil não passa de US$ 4 bilhões, com venda per capita de US$ 18,53. Atrás de Portugal, US$ 228 bilhões; Uruguai, US$ 40 bilhões e Argentina, US$ 36 bilhões.", destaca.

O professor da FGV diz ainda que o Brasil está longe do seu potencial de arrecadação. Segundo ele, a lotérica na Itália chega a ganhar US$ 34 bilhões por ano com venda per capita de US$ 565; França, US$ 16 bilhões, US$ 249 per capita; Estados Unidos, só em Nova York, US$ 9 bilhões, US$ 456 per capita. No Brasil [essa modalidade de arrecadação] não passa de US$ 4 bilhões, com venda per capita de US$ 18,53.

O professor da FGV informa que além de partidas de futebol, os bicheiros cariocas também aceitam palpites em jogos de vôlei e lutas, como o UFC e lembra que hoje, no país, é proibido explorar economicamente apostas em resultados esportivos, seja como apostador ou organizador de banca.

O ato configura contravenção penal, com punição de 3 meses a 1 ano de prisão e multa para quem organiza a jogatina. “Quem for pego apostando, pode ter de pagar multa de R$ 2 mil a R$ 200 milhões”, alerta o especialista da FGV e, gestão, marketing e direito no esporte. (Valor Econômico – Angela Bittencourt)