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Justiça mineira distribui cestas com dinheiro dos caça-níqueis

18/02/2002

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Cerca de duzentas cestas básicas foram distribuídas ontem, no Fórum Melo Viana para famílias carentes previamente selecionadas. Distribuições no Fórum são realizadas mensalmente, sendo as cestas adquiridas com doações de juízes, promotores, advogados e serventuários da Justiça, dentre outros colaboradores voluntários.
Entretanto, desta vez a origem das cestas era outra. Elas foram compradas com parte do dinheiro pago por empresas donas de máquinas caça-níquel que, além de serem banidas de Uberaba, enfrentam processo-crime por prática ilegal.
Para se verem livres do processo duas destas empresas – Triângulo Máquinas e Diversões Eletrônicas Ltda. (Uberlândia), e CMB Promotora de Vendas (Uberaba) -, preferiram assinar na Promotoria de Justiça Termo de Ajustamento de Conduta, doando 100 salários mínimos, cada uma.
Parte do dinheiro destinou-se a entidades filantrópicas e até a reforma de viaturas da polícia. Outra parte serviu para a aquisição das cestas agora distribuídas a famílias comprovadamente carentes.
O desembolso de cerca de R$36.000,00 pelos donos de caça-níqueis foi a forma encontrada pelo promotor José Carlos Fernandes para fazer com que estes indenizassem a sociedade uberabense após o prejuízo que teriam provocado com a exploração ilegal do jogo.
Por outro lado, o Ministério Público continua vigilante no intento de impedir que aquele jogo volte a ser explorado no município. Aliás, Uberaba saiu na frente no combate ao caça-níqueis. Enquanto na maioria das cidades brasileiras o Poder Público ainda trava autêntica batalha, sem conseguir erradicar a exploração das máquinas caça-níqueis, aqui o jogo foi banido de vez.
Jornal da Manhã – MG