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Mulheres desenvolvem vício no jogo quatro vezes mais rápido que homens.

16/07/2001

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O perfil do viciado patológico em jogos (bingo, loterias, vídeo-pôquer, corrida de cavalos, cassino e outros que envolvam dinheiro) está merecendo a atenção do Ambulatório do Jogo Patológico (AMJO), do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). O AMJO já apresentou os resultados de uma pesquisa inicial feita com 120 pessoas (idade média de 40 anos) com o objetivo de comparar o comportamento do jogador patológico com o portador de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). O grupo foi dividido em três partes iguais, sendo uma de viciados patológicos, uma de portadores de TOC e outra de pessoas sem nenhum desses problemas.

Concluiu-se que as mulheres desenvolvem o vício em média quatro vezes mais rápido do que os homens. Em grande parte dos viciados o problema ocorre no período entre 3 e 12 meses (40% dos casos) e para outro grande número o vício ocorre antes dos três meses (22% dos casos). Verificou-se ainda que há uma grande relação entre viciados em jogos e alcoolismo (20% deles são também alcoólatras), fumo (62% são tabagistas) e desemprego (50% dos viciados estavam desempregados). Na comparação com portadores de TOC, viu-se que entre os viciados em jogos a dependência de substâncias psicoativas é dez vezes maior.

Esta pesquisa inicial do AMJO foi defendida como tese de doutorado pelo dr. Hermano Tavarez, fundador do AMJO, na USP. Outros dois estudos estão sendo preparados, comparando o relacionamento com o vício no jogo entre homens e mulheres e entre irmãos.