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Resumo dos pregões para implantação do novo modelo de operação das loterias da Caixa Econômica Federal

06/05/2005

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24.01.05 – Caixa assume serviços prestados pela Gtech.
BRASÍLIA. Com a proximidade do fim do polêmico contrato com a empresa americana Gtech para a administração das loterias, a Caixa Econômica Federal decidiu assumir parte dos serviços realizados pela multinacional — o processamento de dados — e realiza, a partir de amanhã (hoje), quatro grandes pregões para a contratação de empresas encarregadas de fornecer os equipamentos e a rede de transmissão de dados, além de confeccionar e distribuir os volantes e bilhetes das loterias. No total, os contratos somam R$ 1,3 bilhão.
Supostas irregularidades no contrato entre a Caixa e a Gtech, assinado em 1994 — investigações do Ministério Público Federal apontaram favorecimento à empresa e superfaturamento — vieram à tona com o escândalo sobre o ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz. A Polícia Federal investiga se o ex-assessor da Casa Civil e outras oito pessoas tiveram alguma influência na renovação supostamente irregular do acordo.
Com os novos fornecedores, a Caixa estima gastar em torno de R$ 28 milhões por mês, custo que pode cair em até 15% com os pregões. É um valor muito próximo do que a instituição paga hoje mensalmente pelos serviços da Gtech — em torno de R$ 27 milhões — mas a CEF sustenta que o novo modelo de gestão das loterias permite ampliar os serviços e garantirá ganhos de escala.
Lançamento de novos produtos ampliará lucro.
A Caixa explica que o lançamento de novos produtos ampliará seu lucro mantendo o custo inalterado.
— A grande vantagem do novo modelo é o custo fixo, que permite ganhos de escala. Hoje o custo é variável, pois equivale a um percentual das transações — explica Rogério Freire, gerente operacional da Caixa.
Com o fim das barreiras jurídicas levantadas pela Gtech — que impediam a Caixa de licitar os serviços em separado — foi possível montar o novo modelo. Os vencedores dos pregões começam a operar a partir de 14 de maio, quando acaba o contrato com a Gtech. Mas a multinacional deve participar dos pregões.
Além disso, já negocia um contrato de transição com a Caixa, que deve vigorar por um ano, a partir de maio, prazo estipulado para a instalação e pleno funcionamento dos equipamentos e do novo modelo de gestão das loterias.
— Estamos avaliando se vamos participar de todos ou apenas de alguns dos pregões. Mas vamos participar de forma agressiva, para vencer — afirma o presidente da Gtech no Brasil, Fernando Cardoso.
O novo modelo permitirá ampliar os serviços prestados pela Caixa por meio da rede de loterias. Hoje, a Gtech opera 22 mil terminais, mas só 9.300 realizam transações financeiras. No novo sistema, todos os terminais terão essa capacidade e a impressão dos volantes será quatro vezes mais rápida.
Compra de 25 mil terminais custará R$ 614 milhões.
O custo de aquisição dos 25 mil terminais, por meio de um sistema de leasing, é estimado em R$ 614 milhões. O valor global do contrato para os serviços de transmissão de dados é calculado em R$ 522 milhões. A confecção de volantes e bobinas está orçada em R$ 209,8 milhões e a distribuição dos volantes e bilhetes terá um custo de R$ 43,2 milhões, segundo os editais.
Disputa intensa por concessão da loteria da CEF.
A possibilidade de um grande negócio atraiu um número elevado de empresas interessadas em disputar a concessão, pela Caixa Econômica Federal, dos serviços das loterias. A Caixa realizou uma audiência pública no fim do ano passado para tirar dúvidas sobre os editais e 400 pessoas compareceram, representando os interesses de 97 empresas nacionais e multinacionais. Entretanto, pelas exigências dos editais e características dos serviços, somente grandes empresas têm chance de vencer a disputa. Os outros três pregões acontecem nos dias 26, 28 e 31 deste mês.
Gtech e Embratel são fortes concorrentes.
Na área de transmissão de dados, o modelo proposto pela Caixa, segundo especialistas, favorece as empresas que já operam em todo o país. Nesse caso, a própria Gtech seria uma forte concorrente, por exemplo, junto com a Embratel, cujos serviços têm abrangência nacional. Empresas que atuam em uma única região teriam que fazer investimentos para expandir seus serviços. Com isso, em tese, estariam em desvantagem no modelo de pregão presencial, onde a empresa que oferecer o menor preço leva o serviço.
No caso dos serviços de distribuição dos volantes e bilhetes, que também serão feitos por uma única empresa em todo o território nacional, a Empresa de Correios e Telégrafos é vista pelo mercado como uma forte concorrente, pela tradição e experiência nesse ramo. Mas a Gtech também possui uma rede própria de distribuição e poderá entrar nessa disputa com chances de vitória.
Multinacional briga para reaver R$ 70 milhões.
A multinacional afirma que as dificuldades de relacionamento com a Caixa Econômica Federal estão restritas ao passado, mas ainda amarga prejuízos com o antigo contrato. A empresa luta na Justiça para desbloquear parte dos R$ 70 milhões de seu faturamento e de ativos imobilizados por causa de uma ação iniciada pela procuradora da República Raquel Branquinho. O argumento principal da Gtech é que os cálculos que determinaram o bloqueio dos recursos para compensar perdas com o contrato já foram revistos pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
No ano passado, a Gtech viu-se envolvida no escândalo do ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, acusado de praticar tráfico de influências enquanto trabalhava no governo e pagar propina a um bicheiro. O ex-assessor ainda está sendo investigado pela Polícia Federal. (O Globo – Regina Alvarez)

 
24.01.05 – Caixa faz licitação de serviços em loterias.
Atualmente, Gtech detém o monopólio na área em contrato contestado pelo TCU.

BRASÍLIA – Quase um ano após o escândalo Waldomiro Diniz, a Caixa Econômica Federal abre hoje licitação para escolher os fornecedores e operadores da sua rede de 9 mil loterias espalhadas por todo o País. Atualmente, a multinacional Gtech detém o monopólio desses serviços. O contrato entre a empresa e a Caixa, que está em vigor desde 1997, foi considerado lesivo pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e é alvo de processo na Justiça Federal por suspeita de favorecimento e superfaturamento.
Waldomiro, que foi subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência até fevereiro de 2004, é acusado de ter usado o cargo para influir na última renovação do contrato, fechada em abril de 2003. O inquérito que apura o seu envolvimento foi aberto em fevereiro do ano passado e retornou pela segunda vez à Polícia Federal há duas semanas, por falhas nas investigações. Waldomiro e os demais acusados serão intimados nos próximos dias a prestar novo depoimento pelo delegado Milton Siqueira, novo titular do caso. Ele deve ouvir também a diretoria da Caixa, que entrou em rota de colisão com o Ministério Público e a PF nas fases anteriores.
A diretoria da Caixa nega envolvimento com os atos ilegais atribuídos ao ex-assessor palaciano. Informa também que, embora fosse contrária à renovação e à abertura de licitação para contratação de um novo operador, estava aprisionada por sentenças judiciais favoráveis à Gtech.
A licitação é a primeira de uma série de quatro pregões, agendados até o próximo dia 31, até que todos os serviços de operação da rede de loterias esteja completo. O negócio, de R$ 1,3 bilhão só nesta primeira etapa, está agitando o mercado de tecnologia da informação.
Até gigantes do ramo, como a Telefônica de Espanha, a Embratel, a Tim, a Telemar e a Brasil Telecom estão de olho no filão. A rede de casas lotéricas da Caixa movimenta cerca de R$ 60 bilhões ao ano, entre jogos, recebimento de tributos e de contas públicas, como telefone e energia. Em 2004, os lotéricos arrecadaram R$ 4,2 bilhões em jogos e realizaram 803,6 milhões de transações bancárias.
O contrato da Gtech com a Caixa se extingue definitivamente em maio. A empresa, porém, participa de todas as etapas da licitação em curso. (Estadão – Vannildo Mendes)
 
 
25.01.05 – Empresa vence pregão de distribuição com proposta 15% inferior ao valor proposto pela Caixa.
A Trans-World foi à empresa vencedora do pregão de prestação de serviços de guarda, transporte e distribuição dos suprimentos (volantes, bobinas e bilhetes das Loterias Federal e Instantânea) com uma proposta 15% inferior ao preço de referência da Caixa.
Para participar do pregão de distribuição de suprimentos nos próximos 36 meses, sete empresas apresentaram propostas, sendo que a estimativa de preço sugerido pela Caixa para realização desse serviço era de R$ 43,4 milhões. As empresas que participaram foram: Gimba (R$ 87,5 milhões), VarigLog (R$ 85,2milhões), Luft (R$ 75,2 milhões), Servlot (R$ 68,8 milhões), Correios (R$ 42,4 milhões), Trans-World (R$ 36,77 milhões) e Rota Brasil (R$ 35,4 milhões).
Três empresas (Correios, Trans-World e Rota Brasil), que apresentaram os menores preços foram selecionadas para fase final do pregão. A empresa Rota Brasil que ofertou o melhor preço foi desqualificada devido à falta de certidão de “falência e concordata”. Os Correios não reduziram a proposta e a empresa Transworld foi declarada vencedora com o preço de R$ 36,77 milhões.
A Trans-World, que tem sua sede em Curitiba, já é prestadora de serviço para a Caixa Econômica Federal e sua proposta para prestação do serviço de distribuição foi 15% abaixo do valor referência proposto pela Caixa.
Ao término do pregão os representantes da empresa Rota Brasil manifestaram a intenção de ingressarem com recurso contra a decisão da Superintendência Nacional de Recursos Materiais, que inabilitou a empresa do pregão.

26.01.05 – Pregões de fornecimento de volantes/bobinas e de terminais da Caixa foram suspensos hoje.
Suspensão dos pregões surpreende o mercado lotérico.
A suspensão dos pregões 300/2004 para contratação de serviço de fornecimento de volantes e bobinas térmicas para abastecimento de 9.000 unidades lotéricas e do 3001/2004 para contratação do fornecimento de 25.000 terminais para captura de transações lotéricas e não lotéricas, incluindo serviços de instalação, manutenção e assistência técnica, anunciada pela Caixa, hoje pela manhã no auditório do banco em Brasília, minutos antes da realização do pregão de contratação de volantes e bobinas, surpreendeu os executivos das empresas que participariam da concorrência para prestação desses serviços para Caixa.
A única indicação de que poderia haver algum problema no pregão foi a nota "Sinal Amarelo", veiculada na coluna do jornalista Ricardo Boechat, no Jornal do Brasil, que dizia: "O Tribunal de Contas da União suspendeu, ontem, duas concorrência da Caixa Econômica Federal. Ambas destinadas a aquisições para a área de loterias, envolveriam gastos pelo menos de R$ 500 milhões em três anos. O TCU adiou a conclusão do negócio para apurar denúncias de que licitações eram dirigidas".
A suspensão da licitação foi solicitada a Caixa pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a partir de um inédito requerimento de um advogado gaúcho, na condição de pessoa física, que pediu a impugnação pelo fato da especificação do papel da bobina que será utilizada pelos terminais só ter um fabricante no Brasil, a Votorantin.
Como a licitação da próxima sexta-feira (28.01), depende dessa decisão, o pregão para contratação de terminais também foi suspenso. Já o pregão da próxima segunda-feira, dia 31 de janeiro, para contratação de serviços de telecomunicação para transmissão bidirecional de dados, destinados à captura e transmissão de transações de jogos lotéricos e serviços financeiros realizados através da rede de casas lotéricas da CAIXA, está mantido.

27.01.05 – Nota da Caixa – Licitação das Loterias.
A Caixa Econômica Federal apresenta hoje, quinta-feira, ao Tribunal de Contas da União (TCU) os argumentos técnicos que sustentam as escolhas dos insumos e equipamentos para a o pregão 300 e 301/2004. A Caixa acolheu a liminar do TCU, que com base em uma representação recebida, determinou a suspensão do pregão marcado para hoje.
Os pregões para contratação do novo modelo das loterias são uma necessidade da Caixa e objeto de determinação dos órgãos de controle, inclusive do TCU. Até setembro de 2004, no entanto, a CAIXA esteve impedida de deflagrar o processo, devido a várias decisões judiciais.
O novo modelo ora licitado foi levado ao conhecimento de toda a sociedade por intermédio de audiência pública que contou com a participação de mais de 100 empresas de todos os segmentos do mercado e representantes de órgãos de controle, aos quais a CAIXA vem dando antecipada ciência a cada etapa do processo.
Quanto aos aspectos técnicos questionados, a CAIXA já os havia esclarecido na audiência pública de 30 de novembro de 2004. Diante da sua convicção, embora tenha recebido prazo de 10 dias para apresentar suas razões, a CAIXA pretende fazê-lo de imediato, solicitando célere reapreciação do assunto, uma vez que o cronograma de implantação do novo modelo poderá ser comprometido, tendo em vista que o contrato com a atual prestadora dos serviços expira em maio.
Os pregões em curso são indispensáveis para a CAIXA conquistar sua autonomia na gestão das loterias, reduzir os custos operacionais e duplicar a capacidade e a velocidade dos serviços prestados nas nove mil lotéricas espalhadas por todo o país.
A CAIXA realizou meticuloso estudo, envolvendo precisa coleta de dados e informações, bem como procedeu ao prévio levantamento de preços, visando a prestar à coletividade o melhor serviço possível com o menor custo, refletindo na redução do tempo de atendimento.
O principal argumento utilizado na representação questiona o tipo do papel que hoje é amplamente utilizado como comprovante de transações financeiras, a exemplo daquele empregado nos extratos bancários emitidos em terminais de auto-atendimento e pelas operadoras de cartões de crédito e débito, sendo uma referência do mercado nacional e mundial. Vale ressaltar que, atualmente, já é utilizado nos novos equipamentos instalados nas casas lotéricas.

Desmistificando os questionamentos do TCU sobre os pregões.

Apesar dos 10 dias de prazo estipulados pela liminar, a Caixa estará apresentando ainda hoje, ao Tribunal de Contas da União (TCU) os argumentos técnicos que sustentam as escolhas dos insumos e equipamentos para a o pregão 300 e 301/2004.
Pelo que o BNL apurou, os principais argumentos utilizados pelo ministro Ubiratan Aguiar (com base na representação recebida), para obter a medida cautelar aprovada na sessão plenária do TCU, foi a utilização de papel térmico, a existência de um único fornecedor do produto (Votorantin Celulose e Papel (VCP)) e a questão da manutenção dos terminais.
Com certeza a Caixa vai contra-argumentar que como apenas essa empresa é detentora dessa tecnologia e pelas especificações do edital do pregão de terminais, as impressoras que serão utilizadas, a partir do novo modelo de operação, são as “impressoras de tecnologia térmica” e não mais as matriciais utilizadas atualmente.
O outro questionamento do TCU é com relação aos preços dos serviços de manutenção dos terminais e assistência técnica. A tese apresentada pelo ministro é que a empresa vencedora do pregão deveria cobrar apenas pelos serviços prestados na manutenção dos terminais. No edital a Caixa utilizou valores fixos para essa manutenção, baseando-se na média anual de assistência técnica. A Caixa vai informar que também tem razão nessa questão, pois no momento em que houver deterioração dos equipamentos, os serviços de manutenção ficarão elevados, comprometendo o equilíbrio econômico-financeiro da operação.

28.01.05 – Caixa entrega esclarecimentos ao Tribunal de Contas da União.

A Caixa Econômica Federal protocolou ontem (27.01), às 18h, no Tribunal de Contas da União (TCU), documento com todos os argumentos técnicos que sustentam as escolhas dos insumos e equipamentos dos pregões 300/2004 (bobinas e volantes) e 301/2004 (aquisição de 25.000 terminais) para prestação de serviços lotéricos. A CAIXA acolheu a liminar do TCU, que com base em uma representação recebida, determinou a suspensão dos pregões marcados para acontecer nos dias 26 e 28 de janeiro.
A entrega do documento foi acompanhada por uma visita de cortesia do presidente da CAIXA, Jorge Mattoso, e de sua Diretoria Jurídica.
Os pregões em curso são indispensáveis para a CAIXA conquistar sua autonomia na gestão das loterias, reduzir os custos operacionais e duplicar a capacidade e a velocidade dos serviços prestados nas nove mil lotéricas espalhadas por todo o país.

31.01.05 – Gtech decide não participar dos pregões da Caixa.

A Gtech do Brasil distribuiu nessa segunda-feira, comunicado a imprensa informando que não participará dos pregões da Caixa. Na edição do BNL de 5 de novembro, adiantamos essa informação na matéria "Gtech poderá não participar da licitação da Caixa", pois a empresa não acreditava que novo modelo de operação fracionado, que será implantado pela Caixa poderá dar certo.

Leia o comunicado da Gtech.

A GTECH Brasil tem o compromisso de apoiar a migração da Caixa Econômica Federal para um novo modelo de negócios na operação de sua rede lotérica. A empresa está à disposição para iniciar as negociações para um novo acordo de suporte à integração de novos produtos e serviços e ajudar a Caixa a desenvolver capacidades de processamento do sistema central atualmente fornecido pela GTECH Brasil.
A GTECH Brasil teve oportunidade de apresentar sua visão para a Caixa Econômica Federal com relação aos benefícios de uma licitação com modelo integrado. A Caixa optou por trilhar um caminho diferente. Respeitamos sua decisão.
A GTECH Brasil decidiu não participar das licitações da Caixa para produtos e serviços de loteria. A decisão da empresa baseou-se em vários fatores, sendo os principais:
·          A GTECH Brasil considera que suas soluções técnicas – voltadas a agregar valor para o cliente – não estão contempladas no modelo de licitação, que prioriza produtos de forma separada e não dentro de uma visão integrada.
·          O modelo fracionado e o sistema de pregão (menor preço) são fatores de risco por não assegurarem a qualidade técnica para uma operação de tal complexidade.
·          A iniciativa do Ministério Público de acionar a empresa na Justiça resultou na retenção de 30% do faturamento da GTECH no Brasil. Desde agosto de 2004, a empresa está contestando veementemente a ação civil e a retenção, pois são baseadas em informações errôneas contidas em um relatório de auditoria desatualizado e incompleto. Essa situação pendente prejudica a competitividade de participação da empresa em novas licitações.
GTECH BRASIL
"Gtech poderá não participar da licitação da Caixa"

BNL (05.11.04)

Novo modelo de loterias da Caixa

A Caixa Econômica Federal deverá anunciar no início de dezembro, através de Audiência Pública, o modelo escolhido pelo banco estatal para a licitação da operação dos serviços de loteria e financeiros prestados pelos nove mil lotéricos espalhados pelo Brasil.
Antes de qualquer comentário sobre o processo de licitação, seria importante saber qual será o modelo escolhido pela Caixa, que poderá ser segmentado por região, por processamento e até mesmo, por terminais.
É muito provável que a Gtech não crie obstáculos jurídicos para Caixa nesse momento, pois o cenário não permite. A operadora poderá inclusive facilitar o processo, pois a multinacional sabe que os seus preços para transação são imbatíveis, além disso, existe garantia na segurança das operações realizadas pelo seu sistema. Com certeza, a Caixa não vai expor a sua operação a riscos, pois os problemas da loteria on-line da Loterj servem como exemplo para esse mercado.
Caso se confirme a fragmentação da operação da Caixa, é muito provável que a Gtech não participe do processo licitatório do banco estatal, "pelo fato da multinacional americana não acreditar que esse modelo dará certo", disse a coluna um executivo que está assessorando uma empresa que se instalou no Brasil para participar da licitação da Caixa.
Como o momento não é de experiências, acreditamos que o bom senso vai prevalecer, principalmente pelo fato da rede lotérica ter se transformado numa ferramenta importante para o governo federal, já que vários programas sociais do governo estão vinculados a Caixa e a rede de lotéricos, além claro dos serviços de loteria e financeiros.
Não é segredo para o mercado lotérico brasileiro, que desde o anúncio de um novo modelo de operação para o processamento dos serviços de loterias e financeiro da Caixa, que a Gtech está se movimentando em outras direções. Uma cabeça coroada desse mercado, informou a coluna que a Gtech está negociando com uma grande instituição financeira uma parceria de correspondência bancária.
Como faltam apenas seis meses para terminar a prorrogação do contrato da Caixa com a Gtech, reiteramos que não haverá tempo hábil de formatar, publicar, licitar e operar uma concorrência desse porte antes de maio do próximo ano. Acreditamos que será necessário estender mais uma vez o contrato da Caixa com a Gtech e dar publicidade a essa decisão.

Gtech estudou a possibilidade de participar dos pregões.

Apesar da Gtech ter anunciado que não participará dos pregões da Caixa, até a última quinta-feira, a participação da empresa pelo menos nos pregões de "transmissão" e de "terminais" era considerada certa pelo mercado lotérico, executivos da própria Caixa e até mesmo pelos concorrentes. Na verdade, a empresa montou uma operação de guerra para estudar os editais e avaliar a sua participação nos pregões da Caixa.
Na área de telecomunicações, o mercado acreditava que a Gtech seria a favorita pelo fato da empresa já ter uma rede de telecomunicação instalada e que isso minimizaria os investimentos. Mas especialistas consultados pelo BNL afirmaram que a própria Gtech, somente para se adaptar aos novos protocolos e exigências do edital da Caixa, teria que investir US$ 50 milhões. Imagine quantos as outras empresas terão que investir para atender as exigências do Edital.
A decisão final de não participar dos pregões da Caixa foi tomada pela Gtech Corporation (EUA) e endossada pela Gtech do Brasil. A multinacional entendeu que se aceitasse participar do pregão estaria legitimando um processo em que a empresa não acredita (operação fracionada), além dos riscos de fazê-lo através de um pregão, em que se privilegia o preço e, não a competência técnica.
A desistência da Gtech é no mínimo intrigante. Terá a empresa identificado algo mais grave no modelo de operação fracionada escolhido pela Caixa? Só o tempo poderá responder essa pergunta…

02.02.05 – Entrevista exclusiva: Fernando Cardoso, Presidente da Gtech do Brasil.


"A GTECH continuará comprometida com o Brasil"

Fernando Cardoso assumiu a presidência da Gtech Brasil, em outubro de 2003, e desde então vem conduzindo a nova fase da empresa no Brasil.
Foi por orientação do executivo, que a Gtech passou a ter um novo relacionamento com a Caixa Econômica Federal, inclusive com a retirada das barreiras para que a Caixa implantasse o novo modelo fracionado de operação de suas loterias.
Cardoso, de 47 anos, é formado em Administração de Empresas pela Universidade de Ribeirão Preto (SP), com pós-graduação/especialização em Finanças Corporativas (Fundação Getúlio Vargas), MBA em Marketing (PUC-RJ) e Operations Management pela Sloan School of Management (MIT, Cambridge, USA). Foi chefe de Operações da Mercado Eletrônico, diretor de Unidade de Negócios da Compaq Brasil e vice-presidente de Marketing e Desenvolvimento de Negócios da EDS Brasil.
A Gtech Brasil é subsidiária da Gtech Holdings Corporation, especializada em prover soluções tecnologicamente avançadas na área de transações online. Fundada nos EUA, a Gtech está presente em 45 países e conta com mais de 5 mil funcionários. Responde por 70% deste mercado e apresenta faturamento anual de mais de US$ 1 bilhão. Sua sede está localizada em West Greenwich, Rhode Island (EUA).
Fernando Cardoso, que se encontra no exterior cumprindo compromissos da empresa, gentilmente atendeu a reportagem do BNL, por e-mail, para essa entrevista exclusiva, onde o executivo elegantemente esclarece vários pontos sobre a relação da Gtech do Brasil com a Caixa Econômica Federal. Vamos a entrevista:
BNL – A decisão apresentada em não participar dos pregões da Caixa foi da Gtech Corporation ou da Gtech do Brasil?
Fernando Cardoso – A decisão foi conjunta, depois de efetuarmos todas as análises possíveis sobre a nossa participação.
BNL – Além dos motivos apresentados na nota da Gtech, existem outros que fizeram a empresa abdicar dos pregões?
Fernando Cardoso – Existem outros de natureza mais técnica, mas os mais relevantes para a decisão foram os apresentados. No âmbito técnico, observamos a necessidade de um melhor conhecimento da arquitetura tecnológica a ser utilizada no novo sistema central e nos aplicativos dos terminais, requerimentos básicos para o dimensionamento de desempenho da rede e dos terminais.

"Estaremos suportando o processo de migração conforme solicitado pela Caixa"


BNL
– Ouvimos hoje de alguns interlocutores do mercado lotérico, que a Gtech teria desistido dos pregões pelo fato da empresa não ter conseguido uma instituição financeira parceira para participar do pregão de arrendamento mercantil de 25 mil terminais?
Fernando Cardoso – A GTECH estava concluindo a negociação com uma instituição financeira para o pregão de terminais. Esta negociação foi interrompida após a decisão da GTECH de não participar de nenhum dos editais. Além disso, não existe necessidade de um banco para o pregão de telecomunicações e, mesmo assim, a GTECH decidiu não participar.
BNL – Como será a relação com a Caixa depois do término do contrato em maio próximo?
Fernando Cardoso – A GTECH já se colocou à disposição da CAIXA para suportar o processo de migração.
BNL – A Gtech poderá desligar seus terminais logo após o final do contrato?
Fernando Cardoso – Se for necessária e acordada com a CAIXA a continuidade dos nossos serviços, manteremos as operações com o nível de qualidade que sempre apresentamos. Somos líderes mundiais no mercado de Loterias e, como tal, nosso compromisso com os clientes vem em primeiro lugar. Estaremos suportando o processo de migração conforme solicitado pela Caixa.
BNL – Há condições políticas para uma nova extensão do contrato da Gtech com a Caixa? Como a mídia, o poder público e a opinião pública vão encarar esse novo contrato de transição?
Fernando Cardoso – A GTECH foi vítima de uma tentativa de extorsão durante suas negociações com a CAIXA por pessoas não vinculadas a esta instituição. Nosso relacionamento com a CAIXA sempre foi baseado em fundamentos de total integridade ética. Estamos cooperando com as autoridades para o esclarecimento de todos os eventos que estão sob investigação. A empresa está convencida de que ao final das investigações demonstrará para a opinião pública que nenhuma irregularidade foi cometida.

"A GTECH já se posicionou em relação ao modelo adotado pela Caixa, o qual não consideramos o mais adequado"


BNL
– Como será a fase de transição e qual a expectativa de prazo para que isso ocorra?
Fernando Cardoso – Até o presente momento a Caixa ainda não nos informou quais são os seus requerimentos para a fase de transição. Tudo que sabemos é o cronograma de implantação publicado nos editais de licitação.
BNL – Quem garante que a Gtech vai participar dessa transição?
Fernando Cardoso – De nossa parte reafirmamos que estaremos à disposição da CAIXA para acordarmos conjuntamente um processo de transição adequado.
BNL – Existe alguma possibilidade da Gtech entrar com ação na Justiça para contestar os resultados dos pregões da Caixa?
Fernando Cardoso – A GTECH já se posicionou em relação ao modelo adotado pela Caixa, o qual não consideramos o mais adequado. Não consideramos continuar questionando este novo modelo na justiça.
BNL – A Gtech está sofrendo um linchamento público pela mídia e por representantes do poder público, principalmente depois que o MP e a mídia colaram a imagem da empresa ao caso Waldomiro. Você acredita que esse aspecto tem causado desconforto para a empresa? Esse fato também ajudou a empresa a não participar dos pregões da Caixa?
Fernando Cardoso – A GTECH foi vítima de uma tentativa de extorsão e tem prestado todos os esclarecimentos às autoridades. A empresa está convencida de que o final das investigações demonstrará que nenhuma irregularidade foi cometida. Apesar disso, uma ação civil iniciada pelo Ministério Público, baseada em relatórios internos da Caixa e outros incompletos, estão causando a retenção de 30% de nosso faturamento com a Caixa desde agosto de 2004. Isto nada mais é que uma condenação pública sem que o processo sequer tenha se iniciado, o que certamente gera um desconforto com esta injustiça além de impossibilitar a nossa competitividade em novas licitações.

"Não conhecemos nenhuma loteria de porte no mundo que tenha optado por desenvolver o seu próprio sistema central e contratado os outros serviços através de um modelo de leilão reverso"


BNL
– No modelo atual das loterias, que as loterias vêm batendo recordes anuais de faturamento e nunca houve uma pane no sistema, a Gtech fez todo o investimento na frente e assumiu a responsabilidade pela operação. Você acredita que esse modelo operação fracionada dará certo?
Fernando Cardoso – A empresa possui 70% do mercado mundial de loterias, e sua experiência de mais de 25 anos demonstra que o modelo integrado é o mais adequado para gerar o tipo de crescimento que as loterias de Caixa vêm apresentando. Além disso, não conhecemos nenhuma loteria de porte no mundo que tenha optado por desenvolver o seu próprio sistema central e contratado os outros serviços através de um modelo de leilão reverso. Mesmo envolvendo riscos, o novo modelo poderá dar certo. Desejamos sucesso a CAIXA nesta jornada.
BNL – Você acredita que esse novo modelo de operação fracionada vai custar mais barato para a Caixa? E quem vai garantir a qualidade desses serviços?
Fernando Cardoso – Os quatro pregões que estão sendo conduzidos pela Caixa não contempla a totalidade dos custos envolvidos numa operação lotérica. Além dos mesmos a Caixa vai incorrer em custos de equipamentos do CPD, custos de desenvolvimento e manutenção do software do sistema central e dos aplicativos dos terminais, pessoal especializado para gestão do processamento, atendimento de call center para toda a operação, pessoal e sistemas especializados para o planejamento de distribuição de insumos e a inteligência da integração de todas estas partes. Somando-se todos estes custos, e não apenas o dos quatro pregões, acreditamos que a operação vai custar mais caro para esta instituição pública.
Outro elemento relevante é a capacidade de inovação. Acreditamos que um prestador de serviços, seja GTECH ou qualquer outra grande empresas especializadas neste mercado, poderiam agregar mais valor através da inovação em produtos e serviços.

"Buscaremos novas oportunidades de negócios no mercado lotérico. Entendemos que este mercado tem um excelente potencial de crescimento e queremos fazer parte desta evolução"

BNL – O que ficou parecendo para o mercado é que pelo fato da Gtech não acreditar nesse modelo, a empresa entendeu que se participasse do pregão estaria legitimando um processo que pode fracassar?
Fernando Cardoso – Não é o caso. Inicialmente avaliamos que este negócio poderia ser uma venda de produtos como fazemos com outros clientes no mundo. As razões de não participarmos já foram amplamente comunicadas.
BNL – Para encerrar a nossa entrevista, reservamos esse espaço para alguma consideração que o Senhor tenha interesse em divulgar para o mercado lotérico brasileiro?
Fernando Cardoso – A GTECH continuará a prestar seus serviços com excelência para a CAIXA, enquanto esta instituição assim requerer. Vamos colaborar com a transição para o novo modelo conforme nosso compromisso já assumido.
Estaremos focados no atendimento e crescimento dos demais clientes, além de buscarmos novas oportunidades de negócios no mercado lotérico. Entendemos que este mercado tem um excelente potencial de crescimento e queremos fazer parte desta evolução. A GTECH continuará comprometida com o Brasil.

16.02.05 – Ministro revoga medida cautelar que inpedia a realização dos pregões da Caixa.

Através de uma decisão monocrática do ministro-relator, Ubiratan Aguiar (foto), do Tribunal de Contas da União (TCU), foi revogada ontem a medida cautelar que impedia a realização do pregão de prestação de serviço de fornecimento de volantes e bobinas térmicas para abastecimento de 9.000 unidades lotéricas (300/2004), que seria realizado no dia 26 de janeiro e do pregão para contratação do fornecimento de 25.000 terminais para captura de transações lotéricas e não lotéricas, incluindo serviços de instalação, manutenção e assistência técnica (301/2004), que seria realizado no dia 28 de janeiro.
Os dois pregões da Caixa Econômica Federal foram suspensos no dia 25 de janeiro por uma decisão do ministro-relator, Ubiratan Aguiar, do TCU, atendendo uma representação formulada por Leonardo Vianna Mettelo Jacob.
A partir da nova decisão do TCU, não existe mais nenhum impedimento para que a Caixa Econômica Federal realize os dois pregões. A Caixa pretende realizar as duas concorrências já na próxima semana.
Na decisão, o ministro-relator informa que o TCU acompanhou os resultados do pregão para prestação do serviço de armazenagem e entrega de volantes, bobinas térmicas e bilhetes de loterias federal e instantânea, realizado no dia 24 de janeiro de 2005 e do pregão para contratação de serviços de telecomunicação para transmissão bidirecional de dados, destinados à captura e transmissão de transações de jogos lotéricos e serviços financeiros realizados através da rede de casas lotéricas da CAIXA, realizado no dia 31 de janeiro de 2005.

17.02.05 – TCU libera pregões das loterias da Caixa.

Novas datas já estão definidas para a transição ao novo modelo.
O Tribunal de Contas da União (TCU) liberou hoje (16/02) a realização dos dois pregões para prestação de serviços de processamento lotérico, suspensos no dia 26 de janeiro. A Caixa Econômica Federal irá publicar, no Diário Oficial da União, o novo cronograma dos pregões: a compra de bobinas e volantes será no dia 22 de fevereiro, próxima terça-feira, e aquisição e manutenção de 25 mil equipamentos, no dia 28 de fevereiro.
A suspensão temporária do processo foi solicitada através de representação ao TCU, mas os esclarecimentos prestados pela CAIXA foram, segundo o Tribunal, “suficientes para afastar as irregularidades aduzidas pelo representante da ação”. Em seu despacho, o ministro Ubiratan Aguiar afirma que os elementos remetidos pela CAIXA demonstraram ser “a alternativa escolhida a que melhor se coaduna com o negócio da entidade, estando amparada em estudos e análises técnicas”.
Ainda em trechos do documento, o ministro considera que “os pregões já realizados alcançaram preços inferiores aos estimados no edital pela Caixa, nos percentuais de 18% e 46%, podendo-se inferir a possibilidade de que a realização dos certames objetos da medida cautelar venham a se traduzir em benefícios ao erário.”
Com a retomada dos pregões, a CAIXA poderá dar continuidade ao processo de implantação do novo modelo tecnológico e logístico para suportar a sua rede lotérica, assumindo toda a inteligência e a efetiva gestão do negócio loterias e deixando de ser dependente de um único fornecedor. Nos dois outros pregões já realizados (transporte, guarda e distribuição de insumos; telecomunicação/transmissão de dados), a CAIXA conseguiu uma economia de R$ 245 milhões.
As licitações em curso trarão economia aos cofres do banco, além de melhorar a qualidade dos serviços prestados pelas lotéricas em todo o país. A aquisição de equipamentos mais modernos irá proporcionar melhoria e agilidade no atendimento à população. Os novos terminais deverão economizar quatro segundos em cada operação, o que daria, em média, mais de uma hora por dia de tempo economizado na prestação de serviço em cada lotérica da CAIXA, aumentando a perfomance dos empresários lotéricos e conseqüentemente melhorando o atendimento à população.
As nove mil lotéricas da CAIXA, além da venda de jogos, funcionam como verdadeiros centros de prestação de serviço à população. Em 2004, elas realizaram juntas mais de três bilhões de operações, das quais 1/3 (um bilhão) foi de pagamentos de programas sociais do governo (como os bolsas, aposentadoria, FGTS etc) e outros serviços bancários. Hoje, as loterias são responsáveis por mais de 50% do recebimento de contas. (Assessoria de Imprensa da Caixa Econômica Federal)

22.02.05 – Pregões de hoje da Caixa já têm finalistas.

Na verdade, a Caixa Econômica Federal está realizando dois pregões hoje. O primeiro para prestação de serviço de fornecimento de volantes (6,6 bilhões) e outro para fornecimento de bobinas térmicas (6,7 milhões), estimados em R$ 40 milhões e R$ 169 milhões respectivamente.
Pelo que podemos apurar dez empresas se candidataram ao pregão para prestação dos serviços solicitados pela Caixa.
No pregão para fornecimento de 6,6 bilhões volantes com valores estimados pela Caixa em R$ 40 milhões, foram selecionados para a segunda parte (pregão reverso) as empresas Tecnoformas (R$ 30 mi), Multiformas (R$ 29 mi) e Wintech (R$ 25 mi).
Já no pregão para fornecimento de 6,5 milhões de bobinas térmicas, com valores estimados pela Caixa em R$ 169 milhões, foram selecionados para a segunda parte (pregão reverso) as empresas Multiformas (R$ 179 mi), Wintech (R$ 223 mi) e Disck Par Logística (R$ 238).
Até o momento do fechamento da edição de hoje do BNL, a Superintendência Nacional de Recursos Materiais – SUMAT, estava analisando as propostas das empresas para dar início ao pregão reverso.
Duas curiosidades. A Wintech é a atual prestadora de serviços gráficos para a Gtech. No pregão para fornecimento de volantes o valor da menor proposta (R$ 25 mi) ficou abaixo do valor estimado pela Caixa (R$ 40 mi), mas o valor da menor proposta apresentada para fornecimento da bobina térmica (R$ 179 mi) fiou acima dos valores estimado pela Caixa (R$ 169 mi).

23.02.05 – Caixa consegue economia de R$ 63 milhões no pregão para fornecimento de volantes e bobinas.


A empresa Wintech, vencedora do pregão de fornecimento de insumos é a atual fornecedora de suprimentos da Gtech.

A Caixa Econômica Federal finalizou o pregão de hoje, para fornecimento de volantes e bobinas, com uma economia de 30,17% sobre o preço total estimado. A empresa Wintech do Brasil ofereceu os menores preços para fornecer 6,6 bilhões de volantes de apostas das loterias federais (R$ 23,4 milhões) e para as 6,7 milhões de bobinas (R$ 122,5 milhões). Houve uma redução de 41,5% sobre o valor estimado dos volantes e de 27,5% no caso das bobinas – uma economia total de R$ 63 milhões em relação aos R$ 209 milhões previstos inicialmente no edital de licitação. O contrato será de 36 meses.
Este foi o penúltimo dos quatro pregões da CAIXA para a implantação do novo modelo tecnológico e logístico de sua rede lotérica, restando agora o pregão para aquisição de 25 mil terminais que serão instalados nas lotéricas de todo o país. Nos dois outros pregões já realizados (transporte, guarda e distribuição de insumos; e telecomunicação/transmissão de dados), a CAIXA conseguiu uma economia de R$ 245 milhões.
Quando terminar todo o processo dos pregões – o último acontecerá na próxima segunda-feira (28) – a CAIXA passa a ter condições de assumir a inteligência e a efetiva gestão do negócio loterias, deixando de ser dependente de um único fornecedor.
Performance
No primeiro pregão (24.01) para prestação do serviço de armazenagem e entrega de volantes, bobinas térmicas e bilhetes de loterias federal e instantânea, vencido pela empresa Trans-World pelo valor de R$ 36,77 milhões, a Caixa obteve uma economia de 15% (R$ 6.630.000,00), já que o valor estimado para esse serviço era de R$ 43,4 milhões.
No segundo pregão (31.01) para contratação de serviços de telecomunicação para transmissão bidirecional de dados, destinados à captura e transmissão de transações de jogos lotéricos e serviços financeiros realizados através da rede de casas lotéricas, vencido pela empresa Vicom pelo valor de R$ 283 milhões, a Caixa obteve nova economia de 45,8% (R$ 239.000.000,00), já que o valor estimado para realização do serviço era de R$ 522 milhões.
No terceiro e quarto pregões (22.02) para prestação de serviço de fornecimento de 6,6 bilhões volantes e de 6,7 milhões bobinas térmicas para abastecimento de 9.000 unidades lotéricas, vencido pela empresa Wintech pelos valores de R$ 23,4 milhões e R$ 122,5 milhões, respectivamente, a Caixa obteve mais uma economia de 30,17% (R$ 17.000.000,00 + R$ 46.500.000,00), já que os valores estimados eram de R$ 40 milhões e R$ 169 milhões, respectivamente. Depois da realização do quarto pregão, a Caixa Econômica Federal já obteve uma economia de R$ 309.130.000,00, sobre os valores estimados pela própria Caixa. O último pregão, que será realizado na próxima segunda-feira, dia 28, será para contratação do fornecimento de 25.000 terminais para captura de transações lotéricas e não lotéricas, incluindo serviços de instalação, manutenção e assistência técnica.

25.02.05 – Pregão de Terminais: Empresas tiveram dificuldades com bancos.

As Empresas interessadas em participar do pregão da Caixa Econômica Federal da próxima segunda-feira (28.02), para fornecimento de 25.000 terminais para captura de transações lotéricas e não lotéricas, incluindo serviços de instalação, manutenção e assistência técnica – através de arrendamento mercantil – estiveram estão as voltas com um problema de última hora: instituição financeira. Mesmo com o adiamento do pregão por um mês, o prazo ficou curto para celebração de acordos com os bancos.
“É uma missão quase impossível conseguir a parceria de um banco num leasing de R$ 614.244 milhões (R$ 488.244 milhões para os 25 mil terminais, R$ 6 milhões em periféricos para recarga de cartão e R$ 120 milhões em manutenção dos equipamentos), em menos de dois meses. É uma engenharia financeira muito complexa para ser realizada nesse curto período de tempo. O outro problema é que o banco dando garantia ele passa a ser sócio do consórcio”, disse um executivo ao BNL, que até às 17h de quinta-feira ainda aguardava resposta de bancos.
Outra preocupação das empresas interessadas é com relação às altas taxas de leasing que as instituições financeiras estão pedindo aos interessados em participar do pregão. Mesmo às vésperas do pregão de terminais, executivos de empresas interessadas em participar chegaram a admitir a possibilidade de buscar na Justiça, mais tempo para montagem dos consórcios.
Enquanto isso, através de informações colhidas pelo mercado lotérico, dava-se como certa a participação no pregão da próxima segunda-feira de pelo menos três consórcios formado pela italiana Olivetti Tecnost/OTS (fornecedora de terminais), Itaú (instituição financeira) e Itautec (tecnologia). Na última semana, a Itautec chegou a conversar novamente com outras empresas fornecedoras de terminais, pois alguns executivos acharam muito alto os preços dos terminais da Olivetti.
Um outro forte consórcio seria formado pelas empresas ProComp (terminais e tecnologia) e Bradesco (instituição financeira). A empresa ProComp é a mesma que produz as urnas eletrônicas para o Tribunal Eleitoral.
O terceiro consócio seria formado IBM (tecnologia) junto com a financeira da própria IBM. Comenta-se no mercado que a IBM ainda estaria tentado um leilão para escolher a empresa fornecedora de terminais.
De acordo com as informações veiculadas até o fechamento da edição do BNL de hoje, o pregão de terminais da Caixa corre o risco de não ter a participação de empresas tradicionais que comercializam terminais para operações lotéricas e financeiras para as principais loterias do mundo como Intralot, Scientific Games, Essnet, Intralot, Gtech do Brasil e ILTS.
Além da dificuldade das empresas em obter instituições financeiras para participarem do pregão, informações dos executivos indicavam que provavelmente a Caixa não conseguirá reduzir os preços dos terminais, como ocorrido nos outros pregões, pois a configuração exigida no edital não dá margem para o valor ficar abaixo do valor de referência do edital (R$ 12.000,00). Outro detalhe comentado, é que só existe uma empresa homologada pela SPTrans para recarga de cartão magnético e o fabricante teria orçado em US$ 300 o valor de cada terminal.
Vários executivos afirmaram que se não houvessem tantas exigências pela Caixa, empresas que utilizam tecnologias avançadas em captação de apostas, poderiam disputar o pregão da Caixa e garantir mais qualidade na operação das loterias da União.
Os envelopes para licitação na modalidade pregão com a “proposta comercial” e “documentação” serão recebidos pela Superintendência Nacional de Recursos Materiais – SUMAT, no Auditório da Caixa (SBS Quadra 01, Bloco L, Lote 28, 2º subsolo do Edifício Caixa Econômica/Brasília/DF), às 10h, quando impreterivelmente, terá início a sessão pública para abertura dos mesmos.

28.02.05 – Liminar suspende pregão de terminais da Caixa.

O desembargador federal Leão Aparecido Alves, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região/DF suspendeu o quarto pregão da Licitação do Novo Modelo das Loterias da Caixa Econômica Federal, relativo à aquisição e manutenção de 25 mil equipamentos. O novo modelo pressupõe a ampliação do número de terminais existentes hoje na Rede Lotérica, de 22 mil (9.300 financeiras; 12.700 para jogos e recebimento de contas) para 25 mil terminais que farão todas as operações.
Os novos equipamentos – objeto dessa licitação – serão mais rápidos e modernos, contribuindo para a eficiência das lotéricas no atendimento ao cliente. Estima-se que a economia média de tempo será de quatro segundos por operação feita nos terminais da Rede Lotérica.
A suspensão temporária do processo foi solicitada pela AMD Brasil (AMD South América Ltda) através de agravo de instrumento ao Tribunal e acatada por aquela corte que determinou alterações nas especificações do processador e o cancelamento do pregão.
A CAIXA está analisando a decisão e em breve comunicará a nova data do pregão.
As nove mil lotéricas da CAIXA, além da venda de jogos, funcionam como verdadeiros centros de prestação de serviço à população. Em 2004, elas realizaram mais de três bilhões de operações, das quais 1/3 (um bilhão) foi de pagamentos de programas sociais do governo (como os bolsas, aposentadoria, FGTS etc) e outros serviços não lotéricos. Hoje, as loterias são responsáveis por mais de 50% do recebimento de contas diversas. (AssImp Caixa)

02.03.05 – Um detalhe técnico suspendeu o pregão de terminais da Caixa.

A suspensão temporária do pregão da Caixa foi solicitada pela AMD Brasil (AMD South América Ltda) através de agravo de instrumento ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região/DF e acatada pelo desembargador federal Leão Aparecido Alves.
O problema da suspensão foi devido as especificações do processador para os terminais solicitado no edital. Segundo fontes do mercado lotérico, o argumento da AMD procede. A empresa afirma que o clock 1.6 Mh, que eles fabricam é superior ao 2.0 Mh que está especificado no edital da Caixa. A Caixa não deveria ter estipulado o clock do processador em 2.0 Mh para os serviços licitados, pois 2.0 não é padrão de mercado para terminais lotéricos.
A AMD do Brasil, que foi vencedora de outros três pregões recentemente, pediu Justiça a suspensão e o cancelamento do pregão, por causa desse detalhe.
Caso fique comprovada a tese da AMD, a Caixa terá que reescrever essa parte da do edital e abrir novamente os prazos. Com isso, teria que ser obedecido novamente o prazo regimental de 30 dias para a entrega dos envelopes.

09.03.05 – Caixa remarca pela segunda vez o Pregão de terminais.

A Caixa Econômica Federal remarcou para o próximo dia 17 de março a realização do pregão para fornecimento de 25.000 terminais para captura de transações lotéricas e não lotéricas, incluindo serviços de instalação, manutenção e assistência técnica – através de arrendamento mercantil.
Essa será a terceira tentativa da Caixa em realizar o pregão para contratação de terminais, sendo que a primeira vez foi no dia 28 de janeiro e a segunda no dia 28 de fevereiro.
O primeiro adiamento, em 26 de janeiro, deveu-se a uma representação formulada por Leonardo Vianna Mettelo Jacob junto ao Tribunal de Contas da União. Uma liminar do ministro-relator Ubiratan Aguiar, suspendeu o pregão.
A segunda suspensão, em 25 de fevereiro, ocorreu devido ao agravo de instrumento da AMD Brasil (AMD South América Ltda), junto ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região/DF. Uma liminar do desembargador federal Leão Aparecido Alves suspendeu novamente o Pregão.
O problema da suspensão foi devido as especificações do processador para os terminais solicitado no edital. O argumento da AMD foi que o clock 1.6 Mh, que eles fabricam é superior ao 2.0 Mh que está especificado no edital da Caixa. A Caixa não deveria ter estipulado o clock do processador em 2.0 Mh para os serviços licitados, pois 2.0 não é padrão de mercado para terminais lotéricos.
O edital do pregão para contratação de terminais foi modificado e recebeu adaptações. As alterações estão grifadas em amarelo. (Para conferir o novo edital, clique aqui. – Edital e Anexos – versão 07/03/2005)
A principal alteração foi na configuração dos terminais:
Onde se lia:
2.1.1.3 Unidade principal com:
a) Processador padrão x86 com:
a.1) Conexão com a placa mãe compatível com a tecnologia Socket 478, Socket A ou superior;
a.2) Memória cache L2 de, no mínimo, 128 Kb;
a.3) Clock de, no mínimo, 2.000 MHz;
a.4) Barramento Frontal (Front Side Bus – FSB) de, no mínimo, 266 Mhz;
a.5) Cooler de rolamento (Ball Bearing), ou equivalente, desde que recomendado pelo fabricante do processador, com alta dispersão calórica e auxiliado por ventilação forçada do gabinete, para garantir a vida útil do processador.
Lê se agora:
2.1.1.3 Unidade principal com:
a) Processador padrão x86 com:
a.1) Conexão com a placa mãe compatível com a tecnologia Socket 478, Socket A ou superior;
a.2) Memória cache L2 de, no mínimo, 128 Kb;
a.3) Barramento Frontal (Front Side Bus – FSB) de, no mínimo, 256 Mhz;
a.4) Para processadores com Socket 478 ou superior:
– a.4.1) Clock de, no mínimo, 2.200 Mhz
a.5) Para processadores com Socket A ou superior:
– a.5.1) Clock de, no mínimo, 1.800 Mhz
a.6) Cooler de rolamento (Ball Bearing), ou equivalente, desde que recomendado pelo fabricante do processador, com alta dispersão calórica e auxiliado por ventilação forçada do gabinete.

AVISO DE LICITAÇÃO

CENTRALIZADORA DE SUPRIMENTO – BRASÍLIA/D
PREGÃO Nº 301/2004
A CAIXA ECONOMICA FEDERAL comunica a retomada do certame em referência, destinado à contratação de empresa para o fornecimento e instalação de 25.000 terminais, mediante arrendamento mercantil, e prestação dos serviços de instalação/desinstalação, manutenção e assistência técnica para os referidos equipamentos, durante o arrendamento mercantil, em cerca de 9.000 Pontos de Vendas da CAIXA, em todo o território nacional. Data/horário do Pregão: 17/03/2005 às 10:00 h, no Auditório da CAIXA, localizado no SBS Quadra 01, Bloco L, Lote 28, 2º subsolo do Edifício Caixa Econômica, em Brasília/DF. O Edital do Pregão em referência sofreu novo ajuste, estando disponibilizado com o respectivo destaque na internet, no site www.caixa.gov.br menu principal Licitações e Fornecedores, opção Licitações, onde qualquer interessado poderá extraí-lo gratuitamente, podendo ser obtido, também, no SBS Qd 4, L. 3/4 , 3.º andar – SUMAT, Ed. Conjunto Cultural / Anexo Matriz da CAIXA, em Brasília/DF, das 10 às 16 horas, nos dias úteis. Williann Ferreira da Silva – Pregoeiro

17.03.05 – Caixa poderá anunciar hoje o fornecedor dos terminais do próximo modelo de operação de suas loterias.

Está marcado para as 10h de hoje, a realização do pregão da Caixa Econômica Federal para fornecimento de 25.000 terminais para captura de transações lotéricas e não lotéricas, incluindo serviços de instalação, manutenção e assistência técnica – através de arrendamento mercantil. Caso seja realizado, esse será o último pregão para troca do modelo de operação das loterias da Caixa.
Com as dificuldades enfrentadas por várias empresas, brasileiras e estrangeiras, para celebrarem acordos e parcerias com instituições financeiras, o mercado está trabalhando com a hipótese do pregão ser vencido por um grupo brasileiro.
Através de informações colhidas pelo mercado lotérico, dá-se como certa a participação de pelo menos dois consórcios formado pela italiana Olivetti Tecnost/OTS (fornecedora de terminais), Itaú (instituição financeira) e Itautec (tecnologia). Sendo que o candidato mais forte seria o consórcio formado pelas empresas ProComp/Diebold (terminais e tecnologia) e Bradesco (instituição financeira).
Os envelopes para licitação na modalidade pregão com a “proposta comercial” e “documentação” serão recebidos pela Superintendência Nacional de Recursos Materiais – SUMAT, no Auditório da Caixa (SBS Quadra 01, Bloco L, Lote 28, 2º subsolo do Edifício Caixa Econômica/Brasília/DF), às 10h, quando impreterivelmente, terá início a sessão pública para abertura dos mesmos.

18.03.05 – Pregão de terminais: Uma disputa acirrada.

Na primeira parte do pregão de terminais, os consócios apresentaram as seguintes propostas e lances: Bradesco/Procomp (R$ 289.116.000,00), Itaú/Itautec/Philco (R$ 303.216.000,00), IMB/Banco IBM (R$ 370.648.000,00) e Novadata/Probank (BMG Leasing) (R$ 420.826.000,00).
Os três primeiros consórcios foram classificados para a segunda parte da concorrência, ou seja, para o pregão reverso. A IBM se absteve participar da segunda parte e não ofereceu nenhum lance.
Depois de oito horas de pregão reverso (14h às 22h10m), através de 1.035 rodadas, que resultou em 2.070 lances, mostrou uma disputa acirrada entre os dois principais concorrentes. O preço do contrato de 48 meses saiu pelo valor de R$ 212,9 milhões, ou seja, uma economia de 65,3% (R$ 401,2 milhões) em relação ao preço estimado no edital que era de R$ 614 milhões.

Os prestadores de serviços para o novo modelo.

Depois de realizado o último pregão, o mercado lotérico brasileiro já conhece as empresas que vão prestar os serviços para o novo modelo de operação das loterias da Caixa. O serviço de guarda, transporte e distribuição dos suprimentos será realizado pela empresa Trans-World Transportes Especiais Ltda, os serviços de telecomunicação e transmissão de dados para às nove mil casas lotéricas do País será realizado pela Vicom Ltda, os serviços de fornecimento de volantes e bobinas térmicas será realizado pela Wintech do Brasil, os 25 mil terminais com periféricos e os serviços de instalação, manutenção e assistência técnica serão realizados pela Procomp/Bradesco e os serviços de processamento de dados, atendimento do Call Center e integração de todos os serviços será realizado pela própria Caixa.

Sem novidades.

Conforme noticiado pelo BNL de ontem, não existia novidade para o mercado lotérico que a disputa pelo serviço de terminais da Caixa ficaria entre Itaú/Itautec e Bradesco/Procomp.
Na coluna de ontem chegamos a afirmar "Sendo que o candidato mais forte seria o consórcio formado pelas empresas ProComp/Diebold (terminais e tecnologia) e Bradesco (instituição financeira)"
A Procomp, depois da associação com a norte-americana Diebold ficou com mais apetite pelo negócio de terminais, principalmente pelo fato da Diebold ter uma divisão voltada para operação de cassinos. (Clique aqui e confira).

As surpresas.

Algumas surpresas marcaram o pregão de terminais. A primeira foi a desistência da Olivetti Tecnost/OTS em participar do pregão, já que a empresa se preparou para a concorrência. O problema pode ter sido o preço dos terminais, considerados elevados para o mercado nacional.
A outra, foi a participação do consórcio Novadata/Probank (BMG Leasing) no pregão, já que em nenhum momento essas empresas foram citadas pelos executivos que estavam analisando o edital.

Sem surpresa.

A desistência da IBM em ofertar lances para o pregão reverso não foi surpresa, pelo fato da empresa não estar com apetite para ganhar a concorrência. A IBM foi quem mais conversou e negociou com as grandes empresas fornecedoras de terminais.
Outro fato que não surpreendeu o mercado, foi a ausência das grandes e tradicionais empresas que comercializam terminais para operações lotéricas e financeiras para as principais loterias do mundo como Intralot, Scientific Games, Essnet, Intralot, Gtech do Brasil e ILTS.
 
18.03.05 – Caixa apresenta os resultados da licitação do novo modelo das loterias.
Banco lança hoje site especial para que o público acompanhe todo o processo de transição
A Caixa Econômica Federal concluiu ontem (17) o processo licitatório para a implantação do novo modelo de operação das loterias, com a realização do último dos quatro pregões para prestação de serviços lotéricos em todo o país. A CAIXA conseguiu economizar R$ 710 milhões no processo, o que representa cerca de 70% menos do que o inicialmente previsto nos editais. Agora, o próximo passo será implementar o novo modelo, iniciando com piloto em Brasília/DF, a partir do dia 15 de maio. Após 90 dias, o modelo será implementado gradativamente em todo o País.
Para garantir a transparência, tudo poderá ser acompanhado pelo público através da internet. O Novo Modelo Tecnológico de Loterias – Canal de Serviço ao Cidadão está, a partir de hoje (18), apresentado em um Hot Site da CAIXA (http://www1.caixa.gov.br/popup/licita_loterias/index.asp), criado especialmente para permitir que toda a sociedade possa acompanhar o dia-a-dia do período de transição, conhecendo a história, os porquês e o momento atual do processo em que a CAIXA deixa de ser dependente de um único fornecedor.
Nesse período de transição, a instalação dos novos equipamentos será gradual. ‘A transição vai se dar máquina a máquina, lotérica a lotérica, município a município. O projeto é de uma dimensão muito grande e essa etapa transitória deve durar cerca de um ano’, garantiu a vice-presidente de Tecnologia da CAIXA, Clarice Coppetti. O trabalho dos novos fornecedores seguirá a instalação dos novos equipamentos.
O novo canal lotérico dará à CAIXA total autonomia de gestão e controle das transações realizadas nas casas lotéricas. Um dos principais objetivos do canal é aumentar a atual capacidade de atendimento das unidades lotéricas em torno de 20%, devido à utilização de novas tecnologias, com padrões abertos, de domínio do mercado e da CAIXA.
A nova infra-estrutura de tecnologia da informação (TI) que está sendo construída possibilitará a ampliação dos serviços sociais e bancários, visando à inclusão de milhões de brasileiros que ainda se encontram à margem dos serviços bancários do país.
Os novos contratos de prestação de serviços possuirão custos fixos para a Empresa. Atualmente, o valor pago ao fornecedor é proporcional à quantidade de transações realizadas.
OS RESULTADOS DA LICITAÇÃO
Na quinta-feira (17), com a realização do pregão para o fornecimento de 25 mil terminais lotéricos e financeiros, a CAIXA finalizou os quatro pregões previstos no processo licitatório. O novo modelo licitado foi levado ao conhecimento de toda a sociedade, no final do ano passado, por intermédio de audiência pública que contou com a participação de mais de 100 empresas de todos os segmentos do mercado e representantes de órgãos de controle, aos quais a CAIXA vem dando antecipada ciência a cada etapa do processo.
Em 24/01 foi realizado o primeiro pregão que teve como objeto a guarda, transporte e distribuição dos suprimentos (volantes, bobinas e bilhetes das Loterias Federal e Instantânea), a serem contratados por 36 meses. O vencedor do pregão foi a empresa Trans-World Transportes Especiais Ltda, pelo valor de R$ 36.777.382,56, o que representou uma economia de 15% em relação preço estimado em edital que era de R$ 43,2 milhões.
Em 31/01, a CAIXA realizou o pregão para serviços de telecomunicação e transmissão de dados prestados às nove mil casas lotéricas do País, com o menor preço ofertado pela empresa Vicom Ltda. Depois de várias horas de lances e disputa acirrada entre os concorrentes, o preço do contrato de 60 meses saiu por R$ 283 milhões, uma economia de 46% em relação aos R$ 522 milhões inicialmente estimados no edital da CAIXA.
O pregão seguinte foi realizado em 22/02, para fornecimento de volantes e bobinas térmicas, com uma economia de 30,17% sobre o preço total estimado. A empresa Wintech do Brasil ofereceu os menores preços para fornecer 6,6 bilhões de volantes de apostas das loterias federais (R$ 23,4 milhões) e para as 6,7 milhões de bobinas térmicas (R$ 122,5 milhões). Houve uma redução de 41,5% sobre o valor estimado dos volantes e de 27,5% no caso das bobinas – uma economia total de R$ 63 milhões em relação aos R$ 209 milhões previstos inicialmente no edital de licitação. O contrato será de 36 meses.
O quarto e último pregão foi realizado em 17/03, para aquisição de 25 mil equipamentos – através de arrendamento mercantil (leasing) – com seus periféricos e serviços de instalação, manutenção e assistência técnica, que serão instalados nas lotéricas de todo o Brasil. O contrato será de 48 meses. O preço estimado em edital era de R$ 614 milhões. O vencedor do pregão foi o consórcio Procomp/Bradesco, pelo valor de R$ 212,9 milhões. Esse valor representou uma economia de 65,3% (R$ 401,2 milhões) em relação ao preço estimado no edital.
O processamento das loterias federais, incluindo apuração e rateio dos resultados, que constitui a parcela mais importante do negócio loteria, já está sendo feito paralelamente pela CAIXA. A CAIXA possui hoje um dos maiores parques tecnológicos do país, operando sistemas como o do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
As nove mil lotéricas da CAIXA, além da venda de jogos, funcionam como verdadeiros centros de prestação de serviços diversos à população em 3.628 municípios. Em 2004, elas realizaram mais de três bilhões de operações em tempo real, das quais 1/3 (um bilhão) foi de pagamentos de programas sociais do governo (como os bolsas, aposentadoria, FGTS, PIS etc), além de transações bancárias como depósitos e saques de conta corrente e poupança da CAIXA, entre outros serviços não lotéricos. Hoje, as loterias são responsáveis por mais de 50% do recebimento de contas diversas. Todo o processamento dos serviços bancários e pagamento de benefícios, realizados nas lotéricas, já é feito diretamente pela CAIXA.
PERÍODO DE TRANSIÇÃO
Em agosto de 2004, depois de um longo processo judicial, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu os efeitos de sentença e liminares que beneficiavam a empresa Gtech e impediam a CAIXA de promover licitações relativas aos serviços de loterias.
A transição para o novo modelo iniciará com um piloto de 30 lotéricos em Brasília/DF nos primeiros 90 dias, a partir de 15 de maio de 2005. Conforme cronograma disponibilizado nos editais, todas as unidades lotéricas do Brasil serão modernizadas até 14 de maio de 2006. A transição está prevista para durar 12 meses.
A CAIXA, de imediato, assume o processamento central das loterias. A Gtech continuará prestando todos serviços relativos à captação, inclusive o fornecimento de insumos, aos lotéricos que ainda estiverem utilizando os terminais antigos até a data da substituição pelos novos terminais da CAIXA. No final de outubro de 2004 a CAIXA iniciou o processamento central dos jogos, de forma paralela e experimental.
A CAIXA deverá estabelecer um contrato de transição com a Gtech por até 12 meses, que é o tempo previsto para a migração completa dos atuais terminais lotéricos e dos demais serviços prestados em todas as unidades lotéricas, garantindo a continuidade a continuação da prestação dos serviços até a completa substituição do modelo. O custo será decrescente conforme os serviços forem sendo substituídos. Na medida que um novo terminal é instalado, o antigo é desinstalado e deixa de ser remunerado.
SEGURANÇA
Nesse período todas as apostas captadas serão enviadas para a CAIXA, que centralizará o processamento do resultado. Todas as transações estarão protegidas pela utilização de modernos sistemas de criptografia dentro das melhores práticas adotadas pelo mercado. (Assessoria de Imprensa da Caixa Econômica Federal)

22.03.05 – Diebold e Bradesco ganham a última licitação para rede de lotéricas da Caixa Econômica Federal.
O consórcio formado pela Diebold Procomp – empresa americana de automação comercial – e o Bradesco foi o vencedor da quarta e última licitação do megaprojeto da Caixa Econômica Federal (CEF) para equipar sua rede de lotéricas. A Diebold vai fornecer 25 mil terminais de aposta e pagamento de contas para as nove mil lotéricas da CEF. O preço final é de R$ 213 milhões, o que representa uma economia de 54% para a CEF em relação ao preço fixado inicialmente. Os equipamentos serão fornecidos em formado de leasing, numa operação a cargo do Bradesco.
O leilão, ocorrido no dia 17, demorou 13 horas e teve mais de mil lances. Dos cinco consórcios participantes, três foram classificados. A competição, no entanto, ficou polarizada entre o consórcio formado pela Itautec e o banco Itaú e a aliança Diebold/Bradesco, que saiu vencedora.
O contrato tem uma importância significativa para a Diebold, tanto do ponto de vista financeiro quanto estratégico. Em dólar, trata-se do segundo maior negócio da empresa no Brasil, desde que ela começou a atuar no país, há 20 anos. O montante corresponde a US$ 80 milhões, só inferior ao acordo de US$ 115 milhões (em valores atualizados) fechado em 2000, para o fornecimento de 196 mil urnas eletrônicas.
"Sempre que ganhamos um projeto especial há um reflexo direto no faturamento", diz João Abud Junior, presidente da Diebold Procomp. A previsão é de que o acordo vai elevar a receita em 15% em 2005 e mais 15% no ano que vem. Mesmo em relação à receita global da companhia, de US$ 2,5 bilhões, o contrato representa um acréscimo de 3%.
Para o Bradesco, esse também foi um dos maiores contratos dos últimos dois anos e o maior de 2005, informa Cristiano Belfort, diretor executivo do banco. "Uma operação desse porte não se faz todo dia", observa ele.
Do ponto de vista estratégico, a vitória no leilão abre espaço para a Diebold – que se concentra na automação de agências bancárias e na produção de caixas eletrônicos – entrar em um novo segmento, o de terminais para loterias, e, mais tarde, exportar o conceito para outros países.
Foi isso o que ocorreu no caso das urnas eletrônicas, diz Abud. Até ganhar a concorrência brasileira, a Diebold nunca havia produzido esse tipo de equipamento. Hoje, a empresa fornece os aparelhos nos Estados Unidos, afirma o executivo. O projeto é diferente do brasileiro, mas a inspiração partiu daqui, afirma o executivo. "Temos 50% do mercado americano, considerando os estados em que há votação eletrônica."
Os terminais serão fabricados em Manaus, onde a Diebold emprega cerca de 200 pessoas em duas fábricas, uma delas dedicada especificamente à produção de cofres para caixas automáticos. A previsão é de ocorrer um acréscimo temporário entre 10% e 15% do número de funcionários que trabalham diretamente na produção.
A fábrica, porém, não deverá passar por grandes mudanças. "Existe bastante flexibilidade na produção", diz Abud. Como exemplo, ele conta que no ano passado a empresa conseguiu produzir, em quatro meses e meio, as 75 mil urnas eletrônicas previstas em outra licitação vencida pela empresa.
Os terminais ficarão prontos 15 dias antes da data marcada para entrar em funcionamento. Pelo cronograma original, a instalação vai concentrar-se entre setembro deste ano e maio de 2006. Antes disso, está previsto um projeto piloto em maio e junho, ambos em Brasília.
Com o resultado da licitação, a CEF encerra uma longa pendência em relação à sua rede de lotéricas. As quatro empresas vencedoras substituirão a americana Gtech, que era a fornecedora única da CEF na área de loterias. Em 2000, quando a CEF propôs um novo modelo de fornecimento, a Gtech entrou com um processo na Justiça, alegando que o formato a impedia de concorrer. A empresa ganhou e, desde então, teve o contrato renovado duas vezes. O atual termina em maio. O valor original das licitações estava estimado em R$ 1,24 bilhão, mas a CEF vai gastar R$ 678 milhões, o equivalente a uma economia de 45%. (Valor Online – João Luiz Rosa e Taís Fuoco)

05.04.05 – CEF omite gastos com o seu novo sistema de loterias.

Anunciado como uma engenhosa saída para reduzir os gastos com a operação das loterias e serviços bancários, o novo sistema da Caixa Econômica Federal (CEF) poderá custar mais do que cobrava a Gtech, a multinacional norte-americana que lhe presta esses serviços desde 1994. Ou seja, confirmada a previsão, o alto custo, principal argumento da longa disputa judicial entre as duas empresas, vai por água abaixo. O fato é que a instituição licitou quatro etapas dos serviços e divulga apenas os custos correspondentes a esses lotes. Não são revelados os gastos com requisitos fundamentais do processo, como os supercomputadores (mainframes), softwares, coordenação e gerenciamento do sistema, call centers, entre outros itens.
A questão foi apresentada à Caixa pela revista Consultor Jurídico, no início de março e, apesar da insistência, não foi esclarecida pela direção da CEF. Num primeiro momento, a revista quis saber o valor do contrato com a Politec — uma fábrica de software de Brasília — que seria responsável pela integração do sistema. Como a Politec não tem contrato para desenvolver esse serviço, a resposta foi negativa e seca.
Ficaram no ar, assim, os gastos totais que serão despendidos para a integração do sistema, os quais se somarão aos custos da compra de bobinas de papel, transporte, serviços de telecomunicações e 25 mil terminais — insumos e serviços já contratados pela Caixa junto a quatro fornecedores diferentes em leilões realizados até o início de março passado.
A assessoria de comunicação da Caixa não esconde que, com o novo modelo, os gastos poderiam ser mais elevados. Corre entre os funcionários da instituição a idéia de que vale a pena gastar mais tendo o controle do sistema do que pagar menos, mas alheando-se do comando em virtude de sua completa terceirização. Mas, até agora, a Caixa só revelou os valores obtidos com os leilões.
Na ponta do lápis, esses insumos e serviços já contratados custarão cerca de R$ 170 milhões anuais para a Caixa. Além deles, o estabelecimento oficial de crédito fez um investimento fixo de R$ 54,3 milhões em grandes computadores da marca IBM — os chamados mainframes necessários para girar o sistema que, em momentos de pico, chega a processar em tempo real mais de mil transações por segundo.
No entanto, essas enormes máquinas só funcionam com programas de computador especialmente desenvolvidos para as funções que deverão realizar. Não se encontram esses programas em prateleiras, dizem especialistas. Além disso, a Caixa deverá gastar com a contratação de técnicos ou terceirização do serviço e, nesta segunda hipótese, jogaria por terra a idéia de manter “em casa” o controle desejado.
Outros gastos que a empresa não conta se referem à implementação do centro de comunicações — o call center fundamental para resolver eventuais problemas de emergência comuns nas cerca de 9 mil casas lotéricas que se encontram na ponta do sistema.
Também não estão somados aos valores já divulgados os custos de mão de obra especializada em tarefas de desenvolvimento e inovação, o que ocorre freqüentemente pela via de um novo tipo de loteria ou de novos convênios firmados com prestadores de serviços públicos e prefeituras interessadas em se integrar ao sistema para ampliar os pontos de recebimento das contas nos terminais lotéricos.
Para fazer todos esses serviços — centro de processamentos, call center e desenvolvimento do sistema — a Gtech emprega aproximadamente 200 especialistas. Pelo serviço completo, a empresa recebe cerca de R$ 310 milhões anuais. Como o novo modelo já está consumindo cerca de R$ 220 milhões — entre insumos, serviços contratados e mainframes — resta saber se a Caixa conseguirá implantar todo o sistema com mais R$ 90 milhões. Teria só mais esse espaço para gastar com pessoal e equipamentos e ficar abaixo do dispêndio com a Gtech. (Revista Consultor Jurídico – Vicente Dianezi)
 
07.04.05 – Consórcio das teles acredita poder reverter vitória da Vicom.
O consórcio das três concessionárias de telefonia fixa, segundo colocado no pregão eletrônico em que a Caixa Econômica Federal (CEF) escolheu o novo prestador de serviços de telecomunicações para as lotéricas do país, ainda acredita que possa reverter o resultado, no qual a Vicom saiu vitoriosa.
Esse foi um dos quatro leilões em que a Caixa escolheu novos fornecedores para modernizar a rede de 9 mil casas lotéricas do país, ao lado do pregão que escolheu o fornecedor de bobinas e volantes, terminais de registro de apostas e pagamento de contas e guarda e transporte de documentos.
O leilão da rede de telecomunicações, onde a empresa vencedora deve interligar cerca de 25 mil pontos em todo o país, aconteceu no dia 31 de janeiro. A Vicom, agora controlada pela Comsat, venceu com o menor preço – R$ 283 milhões por 60 meses – quase 50% inferior ao preço inicial do negócio fixado pela Caixa, de R$ 522 milhões.
Apesar de já ter passado o período inicialmente previsto para a análise dos recursos, a Caixa ainda não se manifestou sobre as críticas apresentadas pelo consórcio, nem homologou o nome da Vicom como vencedora.
Segundo as empresas que compõem o consórcio (Brasil Telecom, Telefônica, Telemar, MetroRed e Pegasus), "a Vicom não atende as especificações técnicas do edital", apesar de ter oferecido o menor preço, segundo Roderlei Generali, diretor da área corporativa da Telemar Empresas, que participa do IT Forum 2005.
"A Caixa prometeu levar em conta nosso recurso e estamos muito confiantes de que as especificações técnicas serão levadas em conta", reiterou Nelson Patricio Reis, diretor da Telefônica Empresas que participa do mesmo evento.
Segundo ele, "a diferença de preço em relação ao deles (Vicom) é mínima", o que não vai acarretar prejuízo à Caixa, caso ela desclassifique a Vicom e homologue o consórcio.
Os dois últimos dos quatro leilões aconteceram no final de fevereiro. A expectativa da Caixa é que a transição para os novos fornecedores – em substituição à Gtech, que hoje presta todos os serviços – comece em maio deste ano e seja finalizada em maio de 2006. (Valor Online – Último Segundo)
 
11.04.05 – CORREIOS é a nova distribuidora de volantes e insumos para a rede lotérica.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é a nova responsável pela distribuição de volantes, bobinas térmicas e bilhetes (Instantânea e Federal) para a rede lotérica da CAIXA.
A Trans World Transportes Especiais, empresa inicialmente vencedora do pregão, desistiu de assinar o contrato. A CAIXA publicou no Diário Oficial do dia 07 de abril a convocação das empresas participantes do certame para a sessão pública que foi realizada na última sexta-feira (08.04), em Brasília, quando foi retomado o pregão e verificou-se o cumprimento das exigências de habilitação dos Correios, que tinha sido classificada logo após a Trans World.
Confirmado o atendimento das exigências habilitatórias, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos foi declarada vencedora do pregão pelo valor global de R$ 42.458.309,28.

Para lembrar do Pregão:

Empresa venceu o pregão de distribuição com proposta 15% inferior.
A Trans-World tinha sido a empresa vencedora do pregão de prestação de serviços de guarda, transporte e distribuição dos suprimentos (volantes, bobinas e bilhetes das Loterias Federal e Instantânea), realizado em 24 de janeiro, com uma proposta 15% inferior ao preço de referência da Caixa.
Para participar do pregão de distribuição de suprimentos nos próximos 36 meses, sete empresas apresentaram propostas, sendo que a estimativa de preço sugerido pela Caixa para realização desse serviço era de R$ 43,4 milhões. As empresas que participaram foram: Gimba (R$ 87,5 milhões), VarigLog (R$ 85,2milhões), Luft (R$ 75,2 milhões), Servlot (R$ 68,8 milhões), Correios (R$ 42,4 milhões), Trans-World (R$ 36,77 milhões) e Rota Brasil (R$ 35,4 milhões).
Três empresas (Correios, Trans-World e Rota Brasil), que apresentaram os menores preços foram selecionadas para fase final do pregão. A empresa Rota Brasil que ofertou o melhor preço foi desqualificada devido à falta de certidão de “falência e concordata”. Os Correios não reduziram a proposta e a empresa Transworld foi declarada vencedora com o preço de R$ 36,77 milhões.

Jogou a toalha.

“De São Paulo para baixo, não haverá problemas. Mas nos demais estados, sobretudo os das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, as dificuldades serão grandes”, afirmou Wildson Di Luca.
Com essa declaração ao ao Correio Brasiliense(24.01.05), logo após a vitória da Trans-World no pregão para prestação do serviço de armazenagem e entrega de volantes, bobinas térmicas e bilhetes de loterias, o diretor-geral da empresa, Wildson Di Luca, admitiu publicamente que teria dificuldades de cumprir o contrato. A declaração do diretor da Trans-World deixou os dirigentes da Caixa muito preocupados.
Com a desistência da Trans-World e a retomada do Pregão que garantiu a vitória dos Correios para prestação do serviço de armazenagem e entrega dos insumos, a Caixa se livrou de dois problemas: de uma possível "dor de cabeça" que poderia se transformar o contrato com a Trans-World e o fato da proposta do terceiro colocado do Pregão (Servlot – R$ 68,8 milhões), ter sido 58% maior que o valor proposto pela própria Caixa.
 
06.05.05 – Caixa apresentou novo modelo tecnológico para as lideranças lotéricas.
A Caixa reuniu-se, no dia 30 de abril, em Fortaleza (CE), com lideranças lotéricas de todo o país para apresentar o novo modelo logístico-tecnológico que dará suporte às Loterias Federais a partir do dia 15 de maio. Durante todo o dia, foram discutidas questões essenciais para o bom andamento do negócio Loterias e apresentadas novidades para este ano.
No encontro, os empresários lotéricos presentes puderam tirar suas dúvidas sobre a internalização das loterias e a forma como isso irá acontecer em todo Brasil. Eles também puderam conhecer o novo Terminal Financeiro Lotérico, que será disponibilizado à rede.
Inovação – Para o presidente da Federação Brasileira de Empresas Lotéricas (Febralot), Paulo Michielon, a tecnologia apresentada pela Caixa é top de linha, assegurando todo o processo de transição.
“Como presidente e representante da categoria, quero transmitir a maior tranqüilidade quanto ao sucesso do novo modelo logístico e tecnológico”, completou Michielon.
Outro destaque do encontro foi a retomada da Comissão Caixa & Empresários Lotéricos. Seu objetivo é fortalecer o relacionamento entre as partes e priorizar temas que têm grande impacto nas loterias. Para isso, foram criadas sete subcomissões que atuarão na linha de frente, pautando e sugerindo assuntos de relevância para discussão e análise.
Marketing – Durante o encontro, a Caixa apresentou a nova estratégia de marketing para 2005 que, entre outros assuntos, prevê uma inovadora linha de campanha publicitária com novo enfoque, planejamento ao longo prazo e um destaque especial para o fortalecimento da marca Loterias CAIXA e de seus produtos.
Participantes – O evento contou com os vice-presidentes da Caixa, Carlos Borges, de Transferência de Benefícios, e Clarice Coppetti, de Tecnologia.
Havia, ainda, representantes da Febralot, da Federação Nacional dos Lotéricos (Fenal), além de sindicatos dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Amazonas, Tocantins e Distrito Federal. A coordenação do encontro ficou a cargo da Associação dos Lotéricos do Ceará (Asloce). (AssImp Loterias Caixa)