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Setor do jogo em Macau cai em bolsa com anúncio de investigação chinesa

22/12/2014

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As cotações em bolsa dos principais operadores do jogo em Macau caíram na última sexta-feira (19), no dia em que se soube que Pequim vai lançar uma campanha contra o fluxo de dinheiro ilegal para Macau.
De acordo com a agência espanhola Efe, esta nova campanha insere-se nas medidas contra a corrupção, não só entre os mais altos responsáveis oficiais do partido que governa a China, mas também entre a pequena administração pública, e daí o nome simbólico de corrupção "contra tigres e moscas".
Entre as maiores perdas na bolsa estavam as do grupo de entretenimento Galaxy, com queda 8,2%, a MGM CHina Holdings, uma desvalorização de 7%, o mesmo que a Sands China, e a Sociedade de jogos de Macau (SJM) perdeu 6,2%, entre outras com quebras menores, como a Wynn Macau (4,3%), Melo Crown (3,9%), que fizeram o índice de referência de Macau perder 0,37%.
De acordo com os analistas, as perdas na bolsa têm a ver com uma campanha que será promovida pelo Ministério do Interior chinês e que, de acordo com o ‘South China Morning Post’, vão investigar os possíveis fluxos de dinheiro ilegal da China para a antiga região de administração portuguesa.
O diário afirma que teve acesso a documentos que confirmam a ação do ministério e acrescenta que na terça-feira já houve contatos com os bancos macaenses por parte da autoridade bancária local, no seguimento de encontros em novembro de investigadores de Pequim com os reguladores macaenses por causa de possíveis "atividades criminais".
A informação sobre um possível "fluxo de milhares de milhões de dólares de fundos ilícitos através dos cassinos de Macau", segundo o jornal chinês, surge nas vésperas da visita do Presidente chinês a Macau, no âmbito das comemorações dos 15 anos da passagem de Macau para administração chinesa.
Além das quedas em bolsa, os cassinos de Macau enfrentam também em dezembro o pior resultado em comparação com o período semelhante, esperando-se uma quebra de 30% nas receitas brutas.
Os operadores contatados pela agência Lusa sustentam que as receitas deverão, contudo, registar uma forte queda "mais próxima dos 30% do que dos 20%".
"Será uma queda mais forte, e todos os indicadores diários nos dão uma projeção muito próxima ou ligeiramente acima dos 30%", referiu a fonte da Sociedade de Jogos de Macau, que se mantém, contudo, como principal operador até meados do mês. (Agência Lusa)